segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Mulheres abrem espaço profissional na mineração

Em Minas Gerais, a mineração é uma das últimas fronteiras profissionais para as mulheres. O setor, que desde sempre foi dominado pelos homens, começa agora, mesmo que tardiamente, a se abrir para a eficiência e capacidade da mão-de-obra feminina. Nesta quinta-feira (8), Dia Internacional da Mulher, essas pioneiras tem muito o que comemorar.


Há três anos, o percentual delas no quadro de funcionários nas mineradoras no Brasil ficava em 3% ou 4%, e quase nenhuma nas áreas operacionais. Nesta quinta-feira (8), este percentual está em torno de 13%, e já é comum ver mulheres dirigindo caminhões fora-de-estrada ou no comando de grandes equipamentos.

No Projeto Minas-Rio, que compreende uma mina em Conceição do Mato Dentro, as mulheres já são 36% do quadro de pessoal e está prevista 300 novas contratações até o final de 2013.

“Em alguns cargos até preferimos mulheres. Na planta de beneficiamento e no trabalho com solda elas mostram uma precisão maior”, afirma a gerente de Recursos Humanos e Administrativo da Pré-Operação do Projeto Minas-Rio, Claudiana Silva.

Na mina da CSN, em Congonhas, o percentual de mulheres subiu de 5% para 13% em cinco anos. Segundo a gerente de Recursos Humanos da empresa, Alba Valéria Santos, a procura de mulheres pelo programa de capacitação da empresa aumentou bastante. “Em 2008 elas não respondiam por 15%. Esse número triplicou e hoje elas são 45% das 1.500 pessoas que estão sendo capacitadas”, dia.

As empresas também observam uma melhora do ambiente de trabalho com a presença de mulheres nas áreas de exploração.

 Segundo a coordenadora de Gestão de Pessoas da mineradora de ouro AngloGold Ashanti, Tamara de Faria, a presença da mulher traz mais leveza e diversidade à equipes de trabalho.

Nas áreas operacionais, a mudança é percebida até na rotina dos homens. De acordo com a gerente de RH da CSN, Alba Valéria Santos, o ambiente fica mais tranquilo, a linguagem nos rádios de comunicação menos agressiva e até os uniforme são melhor cuidados. Na AngloGold, 20% das mulheres ocupam cargos de liderança e 58% exercem atividades de nível superior. Uma delas é a hidrogeóloga Ana Katiuscia Souza, que coordena uma equipe de sete homens. “A sociedade está mudando, mas o desafio da mulher na mineração ainda é grande”, afirma.

Fonte: Portal Metalica / Hoje em dia

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