Empresas investem em cursos para formar trabalhadores na Bahia.
Há casos de 1200 inscritos para 25 vagas.
O polo industrial de Camaçari tem hoje mais de 30 mil funcionários. Profissionais especializados que precisam entender gráficos, índices, números, além de seguir normas de segurança em áreas de produtos químicos geralmente inflamáveis. São 24 horas por dia de atenção, afinal, a maioria das indústrias não para, funciona em regime de três turnos.
Para formar os profissionais, as empresas recorrem às escolas técnicas, mas o volume de contratação é tão grande que muitas empresas criaram os próprios cursos. Foi assim em uma indústria de dióxido de titânio, um produto usado na fabricação de plástico. A sala de aula para treinamento funciona na unidade.
Para formar os profissionais, as empresas recorrem às escolas técnicas, mas o volume de contratação é tão grande que muitas empresas criaram os próprios cursos. Foi assim em uma indústria de dióxido de titânio, um produto usado na fabricação de plástico. A sala de aula para treinamento funciona na unidade.
"A gente busca com os diversos profissionais, mostrar na prática o que eles adquiriram de conhecimento na teoria", explica Bruno Bispo, instrutor do curso voltado para profissionais que já trabalham na empresa. "Essa dinâmica tecnológica muda muito rápido, então, é necessária essa atualização" conta Roberto Silva, funcionário do complexo.
Nos últimos anos, as oportunidades também foram criadas para o público externo. Somente em uma das indústrias, com 400 funcionários, todos os anos cerca de 1200 pessoas se inscrevem para participar dos cursos de treinamento. Eles concorremn a 25 vagas e, este ano, a expectativa é de que a procura aumente mais de 50%.
"O jovem começa a perceber que existem oportunidades no mercado que são atendidas na carreira técnica", diz Bertrand Carneiro, diretor de Recursos Humanos da empresa.
Quem já venceu a concorrência, como o instrumentista Luis dos Anjos, contratado há dois anos, dá uma dica: "Temos que estudar muito, nos dedicarmos e ter bastante perseverança", diz. Outros jovens, também contratados, dizem que o esforço vale a pena. "Você tem de ir pra área já seguro, consciente do que você quer fazer. E isso vem dos cursos que você faz", pontua Rodrigo Cavalcanti, mecânico industrial.
Uma outra industria metalúrgica montou uma escola de soldagem na própria oficina de trabalho. Foi assim que Antônio Vinícius foi contratado como soldador e Carlos Henrique, que começou como menor aprendiz, se tornou funcionário do almoxarifado. São jovens que possuem sonhos incentivados pelo crescimento do complexo de indústrias.
"Em todas as áreas, tanto do menor, ao chefe, eles se esforçam e se preocupam em ensinar ao seu liderado. E foi algo que aconteceu comigo, meu chefe direto me ajudou e me tornei alomoxarife e já lidero em outras área", conta Vinícius. "Hoje meu pai é meu chefe aqui. Ao todos somos quator da mesma família no polo", comenta Carlos.
Mulheres
Um destaque atualmente é o crescimento do número de mulheres no setor. Em uma das unidades, são 15 soldadoras. Como Neila Sales, que passou pela escola de soldagem mantida pela fábrica e foi contratada. "Existe muito respeito pelo nosso profissionalismo, não há discriminação por ser mulher e eu me dou muito bem com meus amigos", comemora.
Para ser soldador, é preciso ter ensino médio completo. O curso dura em média 2 meses e o salario inicial é de R$ 2.500 reais. Com o aprimoramento profissional, os vencimentos podem chegar aos R$ 8 mil.
Fonte: G1
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Um destaque atualmente é o crescimento do número de mulheres no setor. Em uma das unidades, são 15 soldadoras. Como Neila Sales, que passou pela escola de soldagem mantida pela fábrica e foi contratada. "Existe muito respeito pelo nosso profissionalismo, não há discriminação por ser mulher e eu me dou muito bem com meus amigos", comemora.
Para ser soldador, é preciso ter ensino médio completo. O curso dura em média 2 meses e o salario inicial é de R$ 2.500 reais. Com o aprimoramento profissional, os vencimentos podem chegar aos R$ 8 mil.
Fonte: G1
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