O projeto foi lançado
em agosto do ano passado. O sucesso também está embasado nas parcerias que foram
firmadas com construtoras (em número de 11) e o Setransp. Os cursos são
ministrados no laboratório de obras do Senai, instalado no Ginásio do Sesi, no
Conjunto Augusto Franco. A contratação nos serviços do Senai se deu porque é uma
instituição de credibilidade. A Fundat disponibiliza mais de 30 cursos
diferentes nas mais diversas áreas, mas especificamente os da Construção Civil,
têm um diferencial – a qualificação e a empregabilidade.
A presidente da Fundat,
Telma Rios Pimentel, ainda em 2011, ao lado da sua equipe técnica, visitou donos
de construtoras para saber qual a maior demanda na área, bem como aproveitou
para fechar os termos de parceria. As construtoras colocaram a real necessidade,
inclusive, demonstrando a dificuldade que o setor enfrentava para conseguir mão
de obra especializada.
Em menos de um ano, a
Fundat fechou parcerias com 11 construtoras que estão absorvendo a mão de obra
qualificada. O Setransp também tem dado uma grande parcela de contribuição para
o crescimento do projeto. São ofertadas as passagens de ônibus para os alunos
que frequentam os cursos.
Empregabilidade
Desde agosto de 2011
foram formadas oito turmas e, até o final deste mês, serão mais três, o que
totalizará 11 turmas. Foram formadas 160 pessoas. Desse número, 87 estão
empregadas nas construtoras parceiras. O restante optou em trabalhar de forma
autônoma ou apenas desejava o conhecimento na área.
Para o próximo mês,
estão previstas mais três turmas: duas de pedreiro polivalente e uma de
carpinteiro.
Construindo o
futuro
Donas de casa, artesãs,
domésticas, são algumas das profissões da maioria das mulheres que estão
frequentando os cursos da Construção Civil, sem contar com o percentual de
desempregadas. É a hora e a vez de provocar mudanças radicais. É esta a
afirmação das alunas que estão diariamente com a “mão na massa”. São quatro
horas diárias de curso, onde deixam os seus afazeres em busca de um sonho – um
futuro melhor.
No curso de aplicar do
revestimento cerâmico, 50% são mulheres. Para a execução desse serviço, as
construtoras estão preferindo o sexo feminino. A alegação é que as mulheres por
serem mais delicadas, são detalhistas, economizam material e o serviço tem uma
maior perfeição.
A dona de casa Adriana
Santos, 34 anos, reside no bairro Coqueiral. “Busco o conhecimento e uma
oportunidade de emprego”, declarou, afirmando que já enfrenta um problema: o
ciúme do marido. “O meu marido é eletricista e está acostumado a trabalhar nos
canteiros de obra e está meio encabulado com a ideia de eu trabalhar nessa área,
mas não tem nada, quero realizar o meu sonho e ter uma renda melhor”,
confirma.
A artesã Jenifle Toledo
Rocha dos Santos, 34 anos, deseja ingressar no setor da construção Civil. O seu
principal objetivo é inicialmente conseguir uma renda para comprar matéria-prima
para a confecção de biscuit, investir e desenvolver a profissão de artesã nos
momentos de folga. “Com certeza vou unir o meu trabalho na Construção Civil e a
área de artesanato”, declara.
Katina Lima Siqueira,
34 anos, afirmou que cansou de ser doméstica, cozinheira e vendedora. “Quero ser
uma assentadora de revestimento cerâmico. É uma profissão que gosto e, além
disso, é rentável. Faltam bons profissionais no mercado. Se conseguir o emprego
numa construtora é bom e, além disso, poderei fazer alguns bicos e fazer o
serviço na minha casa”, disse.
Fábio Conceição
Oliveira está frequentando o curso de aplicador de revestimento cerâmico. De
acordo com sua explanação, já desenvolve alguns serviços na área da construção
civil. “Tenho uma equipe a qual coordeno. Estou fazendo esse curso para
aprimorar os meus conhecimentos e, sobretudo, também ter o certificado”,
justifica.
Ele citou que há três
anos trabalha na informalidade, mas que chegou o momento para mudanças. Disse
ainda que a contagem é regressiva e, conforme as aulas estão sendo ministradas,
todos sairão qualificados.
O instrutor do curso de
aplicador de revestimento cerâmico Leonardo Souza Santos, explicou que toda a
turma está bastante empenhada no aprendizado. Responsável pelas aulas práticas,
Léo, como é carinhosamente chamado pelos alunos, disse que o diferencial dessa
turma está no comprometimento do aprendizado, principalmente entre as mulheres.
“Elas são detalhistas e estão mostrando que também podem ser assentadoras de
revestimento e desenvolver a atividade num canteiro de obras”,
afirmou.
Fonte: www.faxaju.com.br
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